Como tratar a infecção urinária
D'Rossi, abril 24, 2023
CRAMBERRY, INFECÇÃO URINARIA, DMANOSE
Todos os anos, a dúvida de como tratar infecção urinária é cada vez mais comum. Infecções do Trato Urinário (ITUs) afetam mundialmente mais de 150 milhões de pessoas, estando entre as condições médicas mais comuns e recorrentes, especialmente para as mulheres.
A maioria dessas pessoas é tratada com antibióticos, mas existem opções naturais com menos efeitos colaterais. Siga no post para saber mais sobre a infecção urinária e entender como ela pode ser tratada com compostos naturais, como o extrato de alho e a D-manose.
O primeiro passo para o desenvolvimento da infecção é a adesão de certas bactérias ao trato urinário. Essa adesão acontece, pois, as bactérias possuem fímbrias, que são como “braços” que servem para se agarrar às paredes do trato urinário.
As fímbrias produzem um tipo de “cola” chamada adesina que fortalece a adesão, possibilitando que as bactérias se multipliquem e produzam toxinas que causam danos às células dos tecidos.
Em geral, a anatomia feminina tem um papel significativo no desenvolvimento das infecções do trato urinário. Com uma uretra mais curta e mais próxima ao ânus que a uretra masculina, as bactérias têm acesso mais fácil à bexiga, onde se aderem às células mucosas, ao longo do trato urinário, colonizam e se proliferam.
Uma vez no trato urinário, as bactérias enfrentam uma formidável combinação de mecanismos de defesa que incluem o fluxo de urina e diversos fatores antimicrobianos.
No entanto, essa defesa pode ser prejudicada quando a imunidade está mais baixa, tornando-se um dos facilitadores para o início da inflamação na bexiga ou no trato urinário inferior, conhecida como cistite.
Na maioria das vezes, o tratamento para infecção urinária é realizado com antibióticos. Porém, eles podem gerar efeitos indesejados, como distúrbios gástricos, diarreia e, nas mulheres, infecções vaginais por levedura.
Além disso, seu uso indiscriminado está impulsionando o surgimento de novas variantes de bactérias, que se tornam resistentes a alguns antibióticos. Com isso, as infecções urinárias podem se tornar recorrentes.
Há, no entanto, opções naturais ao uso de antibióticos. É o caso, por exemplo, do extrato de alho e da d-manose, que têm benefícios comprovados no tratamento de infecções do trato urinário.
De acordo com um estudo publicado no Pertanika Journal of Tropical Agricultural Science, o extrato de alho pode ser uma arma eficaz contra bactérias patogênicas e o seu uso, uma das formas naturais de como tratar infecção urinária.
O estudo descobriu que “mesmo extratos brutos de alho mostraram boa atividade contra as cepas multirresistentes das bactérias, onde o tratamento com antibiótico tinha pouco ou nenhum efeito. Isso proporciona esperança para o desenvolvimento de medicamentos alternativos e naturais que podem ser de grande ajuda na luta contra a ameaça da crescente resistência antibacteriana”.
Nesse estudo, a equipe verificou que cerca de 82% das bactérias resistentes aos antibióticos eram susceptíveis ao extrato aquoso bruto de Allium sativum.
“Para concluir, há evidências de que o alho tenha potencial no tratamento de ITU e talvez outras infecções microbianas”, afirma a equipe. “No entanto, é necessário determinar a biodisponibilidade, os efeitos secundários e as propriedades farmacocinéticas em mais detalhes.”
Ainda pouco conhecida no Brasil, porém de uso comprovadamente eficaz há décadas em países como os Estados Unidos, a D-manose é comprovadamente eficaz no tratamento da infecção urinária causada pela bactéria E. Coli. A D-manose é produzida pelo nosso corpo, mas também encontrada em vegetais, como o brócolis e a berinjela, no feijão e nas frutas, como amora, maçã, pêssego e, em maior quantidade, no cranberry.
Uma vez ligadas à D-manose pelas fímbrias, as bactérias não conseguem aderir à superfície do trato urinário e são expulsas da bexiga pela urina. A D-manose também atua na ativação da proteína Tamm-Horsfall, que desempenha papel fundamental na defesa do organismo contra as infecções do trato urinário.
Estudo publicado no World Journal of Urology comparou a eficácia do tratamento com antibiótico, D-manose ou placebo em mais de 300 mulheres. Após 6 meses de tratamento, das 103 mulheres que receberam D-manose, apenas 15 apresentaram infecção recorrente, contra 21 mulheres do grupo que recebeu antibiótico e 62 do grupo placebo.
O extrato de alho e a D-manose são substâncias naturais que podem ser utilizadas para prevenção e tratamento de infecções do trato urinário. O extrato de alho pode ser utilizado na forma de cápsulas, com a dosagem usual de 500mg ao dia, e a D-manose em cápsulas ou em sachês, com dosagem de 500mg a 2g por dia. Para saber o tempo de tratamento e a dose ideal para você, converse com seu médico ou nutricionista e manipule sua fórmula na D’Rossi!